segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Tangará-dançarino

O tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata) da família Pipridae, tem cerca de 15 cm. É comum em borda de matas secundárias e clareiras de florestas úmidas, já tendo sido registrado na Serra do Japi. Alimenta-se preferencialmente de frutas abundantes nos sub-bosques e até mesmo de pequenos artrópodes, o que implica na abundância desta espécie em florestas tropicais. Segue bandos mistos (grupos com várias espécies de aves) nos extratos inferiores das matas. O sistema de acasalamento é poligínico (um macho acasala com mais de uma fêmea), onde os machos (cerca de 2 a 6) se reúnem em leks (arenas coletivas) em barulhentos rituais pré-nupciais, para se apresentar a uma fêmea, onde existe uma hierarquia de domínio que pode persistir por anos.

O vídeo que segue foi produzido por Cicero M. Spiritus, do Museu de História Natural de Ilhabela. Traz o ritual da corte dos Tangarás gravado no arquipélago de Ilhabela, litoral norte do estado de São Paulo, além de outras belezas da Mata Atlântica.




Outra versão da dança, produzida em 1995: http://www.youtube.com/watch?v=8ILFQ7bZoi8&feature=related

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Serra do Japi, Jundiai - SP


A Serra do Japi tem 354 km² de área, tendo o ponto mais alto a 1.250 metros do nível do mar. Está localizada entre os municipios de Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva no sudesde do estado de São Paulo. O solo é de quartzito, condição rara para uma floreta tropical. A vegetação é formada por floresta mesófila semidecídua de altitude, com transição para floresta mesófila semidecídua e com a presença de elementos provenientes de Mata. A precipitação anual média é de 1501 mm e a temperatura média anual varia entre 15,7 e 19,2 °C, de acordo com a altitude.
Este Patrimônio Natural teve parte de seu território (191,7 km2) tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) através da Resolução Estadual 11/83 datada de 08 de março de 1983, também foi incluída como zona de proteção máxima das APAs Estaduais (Áreas de Proteção Ambiental) de Jundiaí e Cabreúva em 1984, regulamentada Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi (Lei Municipal 13.196 de 30/12/1992) com 2.071,20 ha, dos quais estima-se que apenas 25% sejam de propriedade pública e declarada Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela UNESCO em 1994.
Muito diversificada e pouco conhecida, assim podemos definir a fauna da Serra do Japi. Por ser região de transição entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista, a Serra do Japi acolhe representantes desses dois grandes ecossistemas. Unindo-se a leste à serra dos Cristais e a sul com o rio Tietê, sua vegetação nativa forma, também, um importante corredor para a fauna migratória. Até o ano de 2000, foram registradas, na Serra do Japi, 29 espécies de anfîbios, 19 de répteis, 31 de mamíferos, pouco mais de 216 espécies de aves e 652 de borboletas, que caracterizam-na como uma importante reserva de biodiversidade (http://www.japi.org.br/nivel1/bio/fauna/fauna.html).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Observação de Aves


"O que agrada aos olhos faz bem ao coração."

Às vezes, é inusitado e até mesmo intrigante ver pessoas no campo, em rios ou matas, por horas a fio, atentas às aves, insetos, plantas e tudo mais, relativo à natureza. Ora permanecem escondidas, ora se deslocam daqui para lá e de lá para cá. Outras vezes, em silêncio, ficam imóveis demoradamente, parecendo estar dissolvidas no ambiente.

Quando inquiridas sobre tal comportamento dizem estar observando aves.

Para que serve um observador de aves?

Muitas das pessoas que se dedicam a tal atividade o fazem em busca de um passatempo, impulsionadas pelo gosto aventureiro de sentirem-se próximas à natureza, enquanto exercitam a sua capacidade intelectiva. É um hobby tão saudável quanto outros, influindo positivamente no balanceamento físico e emocional almejado por tanta gente. Em outros, a atividade já é parte de estudo e trabalho formal, justificando-se por si mesma.

De qualquer forma, na observação de aves o indivíduo tem a oportunidade de ser expectador e cúmplice do grande espetáculo da natureza, sentindo o desenrolar da vida em toda a sua espontaneidade e plenitude. Nessa tarefa, muitos já conseguiram oferecer importantes subsídios à sua comunidade e à Ciência.

Um efeito colateral dessa atividade é a compreensão da natureza como um todo, favorecendo o desabrochar do desejo de preservação ambiental nos participantes. Dessa maneira, eles se tornam elementos indispensáveis na luta pela nossa própria sobrevivência como espécie. Só por isso já é válida a existência de um observador de aves.

(parte do texto de Sérgio de Almeida)
Leia o texto na integra clicando aqui

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estudos e descobertas

Reportagem apresenta viagens de Bruce Miller, da Natural Conservation . O video apresenta novas especies descobertas na floresta tropical e alguns comportamentos de cortejo para acasalamento.




domingo, 4 de outubro de 2009

1° Passarinhando no Parque da Cidade


O evento aconteceu neste dia 03 de outubro em comemoração ao Dia da Ave (05 de outubro) e teve duração de 3 horas e meia. O grupo de 12 observadores foi formado por estudantes, professores, aposentados, e outros jundiaiense interessados em conhecer melhor o mundo das aves.
Na manhã de sábado, antes do dia clarear, nosso grupo se encontrou no estacionamento do Parque da Cidade, e durante uma breve conversa já "ouvimos" a presença de tico-ticos (Zonotrichia capensis) e quero-queros (Vanellus chilensis), então partimos para a caminhada. Mesmo com um pouco de vento e o sol escondido por nuvens, registramos 39 espécies de aves, conseguindo flagrar a pescaria da graça-branca-grande (Arde alba) e a construção do ninho da asa-branca (Patagioenas picazuro).
A lista produzida pelo grupo no dia do passeio será encaminhada para a terceira edição da Contagem Nacional das Aves (clique para saber mais), contribuindo com informações das espécies que podem ser avistadas no município de Jundiaí.
O Jornal de Jundiaí esteve presente no evento e publicou uma reportagem que pode ser acessada pelo link: http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&Int_ID=92614.